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ECLESIOLOGIA BÍBLICA

 

E C L E S I O L O G I A     B Í B L I C A

 

 A REVELAÇÃO DA IGREJA NO NOVO TESTAMENTO

 

 O QUE O NOVO TESTAMENTO DIZ SOBRE A CASA

ESPIRITUAL ONDE DEUS HABITA EM ESPÍRITO E

ONDE ELE É ADORADO EM ESPÍRITO E VERDADE

 

 A IMPORTÂNCIA DA IGREJA

A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA

A ADORAÇÃO DA IGREJA

A MISSÃO DA IGREJA

 

 POR

RIOLANDO CARLOS DE BARROS

 

 Londrina, 13 de Junho de 1988

 

 

    Ref. :  A Revelação da Igreja no Novo Testamento

 

                      Aos amados irmãos em Cristo,

                     

                      A graça e a paz do Senhor Jesus Cristo sejam com todos.

                     

                      É com gratidão a Deus que lhes ofereço o presente trabalho, resultado de prolongada pesquisa, criteriosa coleta de material e sincera meditação a respeito de um dos mais importantes temas bíblicos, que é “A IGREJA”.

                      Os assuntos aqui tratados são A IMPORTÂNCIA, A ORGÂNIZAÇÃO, A ADORAÇÃO e a MISSÃO DA IGREJA, à luz do Novo Testamento. Nada há de novidade nesta obra; pelo contrário perguntamos tão somente pelas veredas antigas, e qual o bom caminho (Jr 6:16) da boa e antiga igreja apostólica do  primeiro século. Considerações tecidas sobres pontos mais específicos são devidas às necessidades presentes da igreja.

                      É verdade que alguns aspectos podem parecer novos, como a música na adoração, a interpretação sacramental da ceia do Senhor e as qualificações dos presbíteros. Contudo são problemas que se arrastam na igreja há mais de 1500 anos, pois começaram a surgir logo nos primeiros séculos, após a morte dos apóstolos.

                     O que diz a palavra de Deus a respeito de cada uma dessas questões?

                     É exatamente isto que precisamos saber, e podemos ter a certeza de que o Novo Testamento, que contém a revelação da igreja, traz também a resposta para cada uma delas.

                     Sabendo que há variedade de opiniões e diferentes graus de discernimento a respeito de certos assuntos, o que nos cabe é encomendar-nos ao Senhor e à Palavra da sua graça, que tem poder para nos edificar e dar herança entre todos os que são santificados.

                      Foi isto o que fizemos desde o início deste trabalho.

                      O Senhor seja com todos.

 

                                                                       Riolando Carlos de Barros

                     

                    

                                            ECLESIOLOGIA

 

 

  I .  Definição do termo

  A .  Etimologicamente a palavra consta de “eclesio” + “logia”

  1 .  A primeira parte, eclesio, vem do grego “ekklësia”, que significa igreja ou assembléia.

  2 .  A segunda parte, “logia”, também do grego, significa estudo                   ou descrição.

  B .  Portanto, Eclesiologia é um estudo sobre a igreja.

        Nós o desenvolveremos do ponto de vista das doutrinas, natureza e

        características da igreja.

 II .  Os diferentes tipos de Eclesiologia

        A .  Eclesiologia Histórica – estuda a igreja do ponto de vista do seu

              desenvolvimento histórico

        B . Eclesiologia Religiosa – estuda a igreja do ponto de vista de                     autoridades religiosas como sociólogos, filósofos, teólogos naturais etc.

        C . Eclesiologia Bíblica – estuda a igreja do ponto de vista das Escrituras              Sagradas.

  III . A importância da Eclesiologia Bíblica reside no fato de que somente este tipo de Eclesiologia estuda a igreja do ponto de vista da Bíblia, que é a única fonte reveladora da mente de Deus sobre este e muitos outros assuntos. Confira as  seguintes passagens: 2° Tm 3:16-17; 1° Co 2:11-13; 2° Pe 1:21.

        A .Na eclesiologia Histórica aprendemos somente o que ocorreu com  a               igreja no decorrer dos séculos – a sua história.

        B .Na Eclesiologia Religiosa aprendemos o que certos homens pensam a               respeito da igreja – pensamento humano.

        C .Mas na Eclesiologia Bíblica aprendemos o propósito de Deus para com             a igreja-Ef 3:10-11.

 

R E V E L A Ç Ã O   D A   I G R E J A

                        

O que é a igreja, o que Cristo representa para ela e

a vontade de Deus para com ela são assuntos que se

encontram revelados nas páginas do Novo Testamento.

O objetivo do presente trabalho é expor estes assuntos

para trazer ao conhecimento do leitor essa revelação

 

A IMPORTÂNCIA DA IGREJA

Compreender a grande importância da igreja é fundamental para podermos prestar serviço perfeito e agradável a Deus.

 

I .  Definição da palavra “igreja”

       A . É a tradução da palavra grega “ekklësia”, que tem o significado normal de assembléia, mas etimologicamente sugere a idéia de “chamados” ou            “chamados para fora”.

       B . Algumas vezes a palavra “ekklësia” aparece no Novo Testamento, não em sentido espiritual, como é o caso de At 19:32,39, sendo traduzida simplesmente por “assembléia”.

       C .   A Septuaginta usou alternativamente as palavras gregas “ekklësia” e “sinagögë” para traduzir as palavras hebraicas “edhah” e “kahal”, que significam a congregação ou ajuntamento do povo de Deus em Israel, ou de seus representantes, os príncipes. Foi Jesus quem usou em primeiro lugar a palavra “ekklësia” ou o termo correspondente do aramaico, traduzido por este, para se referir ao povo de Deus no Novo Testamento, termo que corresponde à palavra igreja do Português( Mt 16:18 ). Certamente, foi aí que a mente apostólica se estribou para estabelecer sua nomenclatura no Novo Testamento. Utilizando a palavra “sinagögë” para denominar a congregação dos judeus, a sinagoga, consagrou a palavra “ekklësia” para a assembléia cristã, dando ênfase espiritual ao fato de que ela é chamada por Deus em Cristo e, por isso, qualificada como igreja de Deus ou igreja de Cristo. A palavra “igreja” no Novo Testamento é usada em sentido de “igreja local” ( 1° Co 1:1-2; 1° Ts 1:1; Rm 16:23; Cl 4:15 ) ou “igreja universal” ( Mt 16:18; Ef 5:23-26 ).

 

  II .  A igreja é uma instituição divina

        A .  É divinamente planejada  -  Ef 3:10-11; 1° Pe 1:2; Ef 1:3-5.

        B .  É divinamente edificada  -  Mt 16:18; 1° Co 3:11; Ef 2:13-22.

        C .  É divinamente comprada  -  At 20:28; 1° Pe 1:18-20

        D .  É divinamente organizada  -  Ef 4:11-14; At 20:28

        E .  A igreja divinamente planejada e revelada é gloriosa, sem mácula, santa, sem defeito e salva por Cristo  -  Ef 5:23,26,27.

        Sendo então uma instituição divina e não humana, só Deus tem o direito de dizer o

        que é a igreja, o que ela deve ensinar e o que ela deve praticar. O homem jamais terá o direito de modificar os ensinamentos divinos sobre ela, sobre sua natureza sobre suas características ou suas doutrinas.

       O objetivo deste trabalho é examinar as características, as doutrinas e a natureza da igreja estabelecida por Jesus, à luz das Escrituras Sagradas, a fim de podermos seguir hoje em dia o mesmo padrão que os apóstolos deixaram.

 

  III .  As relações de Jesus para com a igreja

         A .  Ele é o construtor  -  Mt 16:18; Ef 2:14-16.

         B .  Ele é o fundamento  -  1° Co 3:11.

         C .  Ele é a pedra angular  -  At 4:11-12; Ef 2:20.

         D .  Ele é o comprador  -  At 20:28;  Ap 5:9; 1° Pe 1:18-19.

         E .  Ele é a Cabeça  -  Ef 1:22; Cl 1:18-19

         F .  Ele é o Salvador  -  Ef  5:23

         Na vida e obra de Jesus que incluem sua conduta, seus ensinos e seu sacrifício é

que encontramos explicação para todos estes itens.

 IV .  A igreja não é:

         A . Uma organização humana  -  Ef 4:11; At 20:28; 1° Pe 2:9-10.

         B . Um prédio  -  At 5:11;  8:3; 15:30; 1° Pe 2:5.

         C . Uma denominação. Os homens podem decidir se uma pessoa deve ou não fazer parte de uma certa denominação, mas só Deus pode decidir se uma pessoa pode fazer parte da Sua igreja  -  At 2:47.

                1 .    A palavra “denominação” aplica-se a igrejas com características particulares incluindo nomes, doutrinas, organização e práticas.

                2 .    Denominações diferentes têm características diferentes, especialmente o nome.

                3 .    Atualmente existem milhares de grupos religiosos chamados   “denominações” que se distinguem entre si por suas doutrinas organização e práticas. Quando suas tradições os afastam da igreja do Novo Testamento, tornam-se seitas, entrando em processo de apostasia.

                 4 .  Jesus orou pela unidade dos seus discípulos  -  Jo 17:21.

                       Os apóstolos condenaram a divisão  -  1°  Co 1:10-13

                       No primeiro século havia uma só igreja  -  Mt 16:18; Ef 4:4; 1°                        Co 12:13; Rm 16:16.

 V .  A natureza da vocação da igreja

        A .  Já vimos que a palavra igreja quer dizer literalmente os  “chamados”, com ênfase em que são chamados por Deus em Cristo, sugerindo também              a idéia de “chamados para fora de”.

        B .  Vamos ver em seguida a confirmação bíblica dessas verdades

              1 .  Somos chamados por Deus  -  1° Pe 5:10; 2° Tm 1:7-9.

              2 .  Somos chamados em Cristo  -  1° Pe 5:10.

              3 .  Somos chamados das trevas ( do mundo ) à luz maravilhosa do                       reino de Cristo  -  Cl 1:12-13; 1° Pe 2:9.

              4 .  Somos chamados à paz de Cristo  -  Cl 3:15

        C .  Como somos chamados

               Pelo Evangelho  -  2° Ts 2:13-14; Gl 1:6-9; Rm 10:13-17; 2° Tm 1:8-9.

                    Palavras sinônimas de Evangelho:

                    1 .  A Verdade  -  Jo 8:31-32; Ef 1:13

                    2 .  Palavra da Verdade  -  Tg 1:18, Ef 1:13.

                    3 .  A Fé  -  At 6:7; Jd 3; Fp 1:27./

                    4 .  A Palavra  -  At 10:36;  Tg 1:23.

                    5 .  Lei Perfeita, Lei da Liberdade  -  Tg 1:25;

 

        CONCLUSÃO:  A igreja significa:

        Os chamados pelo Evangelho

        Os chamados por Deus em Cristo

        Os chamados das trevas para a maravilhosa luz de Cristo

        Os chamados do mundo para o reino de Cristo

 

VI .  O Novo Testamento afirma que a igreja é

         A .  Povo de Deus  -  1° Pe 2:9-10

         B .  O rebanho que Deus comprou com o seu próprio sangue   -  At 20:28

         C .  Aqueles que foram salvos do pecado  -  Mt 1:21; At 2:47.

         D .  Os santificados em Cristo Jesus  -  1° Co 1:1-2

         E .  O corpo de Cristo  -  Ef 1:22-23; Cl 1:18,24.

         F .  O corpo dos reconciliados  -  Ef 2:16; Cl 1:20-22;

         G .  A noiva espiritual de Cristo  -  Ef 5:22-23,32

         H .  Os que espiritualmente estão em Deus  -  1° Ts 1:1; 2° Ts 1:1

          I .  Os arrolados no céu  -  Hb 12:22-23; Fp 4:3

         J .  A instituição na qual Deus será eternamente glorificado  -  Ef 3:21

 

         Falar em igreja de Cristo não é tratá-la como denominação. “Igreja de Cristo é uma expressão que denota simplesmente a relação entre Cristo e a sua igreja. Isto não é nome, mas significa que ela pertence a Ele. É o Povo de Cristo; são os resgatados por Cristo; são os reconciliados pelo sangue de Cristo; são os santificados em Cristo; enfim é o corpo dos redimidos pelo sangue de Cristo. Observe que o Novo Testamento não afirma em parte alguma que alguém salvo antes ou depois de juntar-se a uma denominação qualquer. Tão pouco ele afirma que alguém pode juntar-se à igreja de Cristo. Afirma, sim, que as pessoas são acrescentadas pelo Senhor ao seu corpo, no momento em que são salvas ( At 2:47 ). A reconciliação no corpo de Cristo se dá simultaneamente com a reconciliação pelo sangue. Igualmente, a separação do mundo e do pecado ( a santificação ) acontece ao mesmo tempo que o indivíduo é introduzido na igreja. Por conseguinte, a igreja de Cristo não significa uma parte de um total. Ela é o total do corpo, a quantidade total dos crentes em Cristo, cuja fé e prática são regidas pelos padrões do Novo Testamento. Portanto, pelo seu próprio caráter, a igreja de Cristo não pode ser uma denominação. E ninguém queira torná-la denominação!

 

 A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA

      Texto  -  Efésios 4:7-11

 

  I .  A importância deste assunto reside no fato da igreja ser parte do Eterno          Propósito de Deus  -  Ef 3:10-11

       Daí resulta que a organização da igreja faz parte desse mesmo Propósito

       A . Cristo capacita pessoas e concede-lhes ministérios na igreja  -  Ef                   4:11

             Os ministérios são dom de Cristo para a igreja.

       B .  A igreja que não se organiza segundo a orientação de Deus, não está              em ordem para funcionar segundo o seu Eterno Propósito  -  Tt 1:5;                 1° Co 14:33,37-38.

       C .  As qualificações para o presbitério e para o diaconato foram dadas                   pelo Espírito Santo e são parte da revelação completa prometida por               Jesus  -  Jo 16:13; 1°Tm:1 - 13; Tt 1:5-9.

       D .  A mudança da organização estabelecida por Deus é uma perversão                  que resulta em várias conseqüência:

             1 . Perigo para quem faz a mudança  -  2° Pe 3:16

             2 . Apostasia da igreja no futuro  -  At 20:28-32

             a .  Paulo profetizou a apostasia a partir da liderança  -  At 20:28-32

            b .  De fato, a apostasia na história da igreja deu-se do seguinte                          modo:

          b1 . Um dos presbíteros assumiu autoridade sobre os outros,  passando                  a ser chamado “o Bispo” ou “presidente do presbitério” ( cf. Inácio                    epístola aos de Esmirna  -  Bettenson, “Documentos da Igreja                          Cristã”  -  Aste pág. 100 ).

                         b2 . Mais tarde, um bispo passou a ser responsável por uma certa região, incluindo várias igrejas.

                         b3 .  Entre 590 e 606 D.C processou-se a mudança que levou à escolha do primeiro Papa da igreja universal.

                         b4 .  A atual prática protestante de ter um pastor como dirigente de uma congregação era predominante no 2° século. O Novo                  Testamento, porém, requer que haja mais de um presbítero em                                 cada congregação e que eles sejam eleitos pela igreja.

       E .  O Novo Testamento apresenta uma organização tanto para a igreja universal como para a igreja local, pois ele descreve a igreja em ambos os sentidos.

               Sobre igreja universal leia:  Mt 16:18; Ef 1:22-23; 2:16-22; 3:10;

               Sobre igreja local leia:  1° Co 1:2; Gl 1:2; Rm 16:16.

 

 

 

  II .  Organização da igreja universal

        A . A igreja universal inclui todas as congregações locais. Nesta forma ela é               apresentada pela Bíblia ao leitor, como o reino de Cristo ou, principalmente, como o corpo de Cristo  -  Mt 16:18-19; Cl 1:13; Hb 12:28; Ef 1:22-23; Cl 1:18  etc.

        B .  A igreja universal está organizada como segue

              1 .  Jesus é “O Cabeça” da igreja universal  -  Ef 1:22-23; 5:23; Cl 1:18; 2:19.

              2 .  Jesus é o único Senhor da igreja. Não há outro cabeça, não há outro corpo               universal e nem várias corpos universais  -  Ef 4:4-5 Pedro não é outro cabeça e, portanto, nem o Papa. As denominações não são vários corpos universais.

               3 . Os apóstolos e profetas de Cristo são seus porta-vozes para a igreja universal  -  Ef 2:20; 4:11  -  Eles estavam credenciados e autorizados                      a agir como embaixadores de Cristo para transmitir a sua mensagem  -               2° Co 5:20  -  e dar as doutrinas da igreja  -  Ef 2:20; Jo 17:18-20.

                      a . Eles revelaram pela inspiração do Espírito Santo  -  Jo 16:13;                2° Co 2:13; 2° Pe 1:20-21

                      b .    Eles revelaram toda a vontade de Cristo  -  Jo 16:13; Jd 3; Gl 1:6-9;            2 ° Tm 3:16-17

                       c .  A sua autoridade de revelar foi confirmada por milagres da parte de                             Deus  -  Mc 16:20; At 14:3; 2° Co 12:12; Gl 3:5; Hb 2:3-4

                       d .   Todos os apóstolos receberam inspiração para agir.  -  Mt 16:19;                             18:18.

                       e .   Eles lançaram o fundamento da igreja que é Jesus Cristo mesmo,                             a pedra angular  -  Ef 2:20; 1° Co 3:11; 15:11

                4 .   O corpo da igreja universal

                       a .   Há um só corpo e não vários corpos  -  Ef 4:4; 1° Co 12:13

                       b .   Este corpo compõe-se de muitos membros que são os indivíduos salvos por Cristo  -  Rm 12:4-5; 1° Co 12:12-13. Os membros do corpo universal não são as várias denominações, e  sim, os indivíduos salvos por Cristo  -  1° Co 15:1-8.

 

             

 

 III .  Organização da igreja local

         A .  Os presbíteros

               1 .  “bispo”, “presbítero” e “pastor” descrevem o mesmo cargo na igreja local

                     At 20:17,28; Tt 1:5-7; 1°Pe 5:1-2

               2 .  Função dos presbíteros

                     “Presbítero”, na língua grega, significa mais idoso

                     a . Como homens mais idosos eles devem conduzir a congregação com maturidade e experiência na Palavra de Deus. Não devem ser neófitos,                           isto é, novatos, principiantes, noviços  -  1° Tm 3:6

                     b .  Como bispos, eles devem supervisionar a igreja, cuidar dela e governá-la  -  1° Tm 3:5;  At 20:28  -  exercendo seu ministério somente na congregação a que pertencem   -  1° Pe 5:2; At 14:23

                     c . Como pastores eles tem que pastorear e proteger o rebanho de Deus, alimentando-o espiritualmente pelo ensino, exortando pela Palavra e guardando a igreja local de possíveis desvios e ataques externos  - Tt 1:9 -11; 1° Pe 4:10-11; At 20:28-32

               3 .  Qualificações dos presbíteros: Veja  -  1° Tm 3:2-7; Tt 1:6-9; 1° Pe 5:1-4

               4 .  Número de presbíteros em cada congregação

                     Sempre em pluralidade  -  At 14:23; 20:17; Fp 1:1; Tt 1:5

               5 .  Deveres da congregação para com os presbíteros

                     a .  Obedecer ( ser submissa ) -  Hb 3:17

                     b .  Remunerá-los, se necessário  -  1° Tm 5:17-18

                     c .  Somente aceitar denúncia contra eles, se houver duas ou três  testemunhas  -  1° Tm 5:19

                     d . Acatá-los com apreço, com amor e máxima consideração– 1°Ts 5:12-13

         B .  Os diáconos

               1 .  Como detentores de um cargo específico na igreja, são mencionados em Fp 1:1 e 1° Tm 3:8-13

               2 . “diácono” significa alguém que executa certas ordens de outra pessoa, como seu atendente, servo, administrador, ministro, garçom. Na igreja                      eles são servos e auxiliam os presbíteros, trabalhando sob a sua direção.                     Os homens escolhidos pela igreja de Jerusalém para servir, em At 6, foram                     provavelmente os primeiros diáconos do cristianismo.

               3 .  Seus requisitos estão especificados em 1° Tm 3:8-13; At 6:3-5

        

C .  Os evangelistas

               1 .  Seu cargo é especificado em Ef 4:11; 2° Tm 4:5

               2 .  Sua função: “proclamador das boas novas”, que é o significado da palavra

                     “evangelista”. Seu trabalho principal é pregar a palavra, anunciando a

Cristo  -  2° Tm 4:1,2; At 8:5,35,40

               3 .  Seus requisitos

                     a .  Capacidade de manejar bem as Escrituras  -  2° Tm 2:15; 3:14-17

                     b .  Ter caráter cristão  -  1° Tm 4:12

                     c .  Ser firme na fé e leal à verdade  -  2° Tm 4:1-5

         D .  Os mestres ( professores )

               1 .  Sua responsabilidade é aludida em Ef 4:11

               2 .  Têm que praticar o que ensinam  -  Rm 2:21-24

               3 .  Devem ter disposição e capacidade de submeter-se a juízo severo em tudo

                     o que ensinam  -  Tg 3:1

         E .  Os membros

                1 .  São santos  -  1° Co 1:2, Ef 1:1; Fp 1:1

                2 .  Têm que ser pessoas salvas  -  At 2:47; 15:1-2

                3 .  Devem trabalhar unidos  -  1° Co  12:12-31; Ef 4:15-16; Hb 13:16

                4 . Devem obedecer aos presbíteros e aos que dirigem os trabalhos - Hb 13:17

                5 .  Devem crescer até a medida da estatura de Cristo, isto é, precisam

                     desenvolver-se progredindo sob a direção dos guias constituídos por Deus,

                     para a congregação local  -  Ef 4:11-14

          F .  Exortação aos presbíteros

Quando se despediu dos presbíteros da igreja de Eféso, o apóstolo Paulo fez uma dramática recomendação para que eles pastoreassem a igreja de Deus “a qual Ele comprou com o seu próprio sangue”  ( At 20:28 ). Os perigos eram evidentes e são apontados logo em seguida.

              1°) A penetração de lobos vindos de fora para devorar o rebanho, sem                        nenhuma consideração, pois os lobos só pensam em comer a carne das                       ovelhas e vestir-se da sua lã. O seu propósito, portanto, é contrário ao do pastor e as suas intenções são contrárias àquelas que as ovelhas                        esperam. É claro que eles não foram constituídos bispos pelo Espírito                        Santo. Por isso não têm capacidade e nem interesse de reconhecer o                        valor que Deus pagou pela igreja, o seu próprio sangue ( At 20:28-29 ).

              2°)  A apostasia de alguns dentre os presbíteros:

                     Entre eles mesmos, alguns se levantariam falando cousas pervertidas para arrastar os discípulos atrás de si. Estes , evidentemente, perderam                      a sujeição ao Espírito Santo, e passaram a falar e a agir de acordo com                      interesses humanos, deixando de ser bispos constituídos pelo Espírito Santo, vindo a pastorear igrejas que não são mais de Deus, e sim de                homens ( At 20:30 ).A exortação aos presbíteros é para que eles tenham cuidado por eles mesmos e por todo o rebanho. Por eles mesmos, no sentido de não se deixarem perverter. Por todo o rebanho, no sentido de defendê-lo contra o ataque dos lobos vorazes que vêm de fora, e contra os bispos pervertidos dentro do rebanho. São três as recomendações do Espírito para eles enfrentarem esse problema:

                     a) Vigilância ( At 20:31 ). É preciso estar atento a todas as atividades do                        presbitério, para detectar qualquer movimento falso, quer venha através                        de lobos de fora, quer venha através de bispos de dentro e, assim, acudir em tempo.

                     b) O Senhor ( at 20:32 ). Os presbíteros são encomendados ao Senhor.                        É o Senhor Jesus que pode protegê-los contra esse perigo que trás                       conseqüências funestas. Poderíamos perguntar: “Já que o Senhor é poderoso para livrar a igreja do perigo da apostasia, por quê ela                         acontece?” Acontece porque pode aparecer dentro do rebanho tanto                         presbíteros como ovelhas que alimentam no coração o germe da                         apostasia e que se deixam cercar de falsos mestres, segundo a sua                         própria cobiça ( 2° Tm 4:3 ). Jesus que sonda as mentes e corações                        ( Ap 2:23 ), que anda no meio das igrejas ( Ap 1:13 ) e que tem na mão                        direita os anjos, isto é, os pastores das igrejas ( Ap 1:16 ). Ele mesmo                         sabe até quando Lhe convém ficar no meio destas igrejas e sustentar os                        seus anjos na Sua mão direita.

                     c) A Palavra da Sua graça ( At 20:32 ). Os presbíteros também são                        encomendados à Palavra do Senhor, pois ela tem poder para edificar e                         dar herança entre os que são santificados. Portanto, os presbíteros                         devem estar em completa sujeição à Palavra do Senhor, se quiserem                        receber as bênçãos do seu ministério. É fácil compreender isto, pois eles                        são modelo do rebanho ( 1° Pe 5:3 ). A perversão dos presbíteros começa                        com a desobediência à palavra, pois é aí que eles mostram insubmissão                         ao Espírito,uma vez que a Palavra é do Espírito ( 1° Co 2:13; Ef 6:17;                        2° Pe 1:21 ). A Palavra tem muito a dizer aos presbíteros, especialmente no que é requerido deles para exercerem o presbitério. Veja esses requisitos em 1° Tm 3:1-7; Tt 1:5-9 e 1° Pe 5:1-3. Muitas igrejas admitem presbíteros que não são anciãos, que não têm filhos crentes ou em sujeição, que não têm suficiente conhecimento da Palavra para exortar pelo reto ensino e convencer os que contradizem. Essas igrejas precisam admitir, quer queiram, quer não, que estão na apostasia ou em processo de apostasia. A sua organização é humana e os presbíteros não estão constituídos pelo Espírito. Pastores jovens, casados e solteiros, ou que têm um único filho não são credenciados pelo Espírito, pois falta-lhes a experiência de uma vida amadurecida no lar, o que é indispensável para cuidarem da igreja de Deus.

 

  A ADORAÇÃO DA IGREJA

         De acordo com Rm 12:1, a adoração cristã consiste da totalidade dos nossos atos, ou seja das nossas ações, palavras, e pensamentos que, afinal, são consumados através do nosso corpo, e devem ser oferecidos a Deus por sacrifícios vivos, santos e agradáveis. É a adoração lógica daquele que foi redimido por Cristo, e compreende a sua obra  redentora. Adoração lógica e racional ou espiritual são a mesma cousa. Mas existem certos atos específicos que a igreja realiza em conjunto, quando está reunida para adorar a Deus. Estes atos são as orações, a ceia do Senhor, o louvor, a pregação da palavra e a contribuição. Vamos considerar em seguida cada um destes atos separadamente.

  I .  A oração

       A .  Como orar

             1 .  A quem dirigir

                   a .  a Deus  -  Mt 6:9; Jo 15:16; 16:23; Ef 3:14; Fl 4:6;

                   b .  a Jesus  -  Jo 14:13-14

             2 .  Iniciar com palavras de louvor e glorificação  -  Mt 6:9

             3 .  Pedir em nome de Jesus  -  Jo 14:13-14; 15:16; 16:23; 1° Tm 2:5

             4 .  O que pedir  -  veja Mt 6:10-13; Ef 1:17-19; 6:18-19; Fl 1:9-10; 2° Ts 1:12;

                   3:1-2; 1° Tm 2:1-2

             5 .  Os homens são requisitados para orar nos cultos públicos  -  1° Tm 2:8

             6 .  Atitudes na oração

                   a .  com humildade  -  Lc 18:9-14

                   b .  com motivos puros  -  Mt 6:5-6

                   c .  com perdão  -  Mt 6:14-15

                   d .  não mecanicamente  -  Mt 6:7

                   e .  com mãos santas, isto é, pessoa consagrada, sem ira e sem animosidade

                         1° Tm 2:8

                   f .  com discernimento quanto ao que pedir  -  Tg 4:3

                   g .  com disposição de acatar a vontade de Deus  -  Lc 22:42

                   h .  com fé  -  Mt 21:22; Tg 1:6-8

                   i  .  as mulheres podem orar, mas em submissão aos homens  -  1°Co 11:5-10

         B .  Tipos de oração  -  Fl 4:6; 1° Tm 2:1;

               1 .  Oração é a expressão que descreve o ato de nos dirigirmos a Deus

               2 .  Súplica é a oração de petição humilde e insistente

               3 .  Intercessão é oração a favor de outras pessoas

               4 .  Ação de graça é oração de agradecimento

                Petição não é tipo de oração. É simplesmente o ato de pedir.

         C .  Instruções para oração particular

               1 .  Orar sem cessar  -  1° Ts 5:17

               2 .  Orar a todo o tempo no Espírito  -  Ef 6:18

               3 .  Orar uns pelos outros  -  Ef 6:18; Tg 5:16

               4 .  Orar com perseverança  -  Mt 7:7-11; Lc 15:5-13; 18:1-8

         D .  Oração da igreja em conjunto

               1 .  É ensinada em 1° Tm 2:1-4,8

               2 .  É ensinada como poderosa em At 4:31; 12:5 ss

         E .  Considerações sobre a oração

               1 .  A oração é uma atitude de aproximação a Deus, com o intuito de

                     beneficiar-se da Sua presença. Esta aproximação significa adoração  -  Hb 4:16; 10:22; 1° Pe 2:4-5

               2 . A oração é a atividade mais elevada da mente e do espírito humanos porque,  por seu intermédio se estabelece comunicação entre a criatura                     redimida e o Deus Criador e Redentor.

                     a .  Jacó descobriu a sua importância  -  Gn 28:10-17

                     b .  Elias conheceu a sua eficácia  -  Tg 5:17-18

                     c .  A igreja de Jerusalém experimentou o seu poder  -  At 4:23-31; 12:1-17

               3 .  Objetivos do estudo da oração

                     a .  Aprender a dirigir-se a Deus de maneira conveniente

                     b .  Fazer da oração um instrumento importante na vida do crente

                4 .  Meditação de alguns cristãos a respeito do ato de orar

                     “A oração é a alavanca que move o braço de Deus”

                     “A oração é como o sorriso da criança que provoca o carinho do pai”

 

  II .  A ceia do Senhor

        A .  A instituição da ceia

              A ceia é o ato instituido pelo Senhor Jesus, como memorial do seu               sacrifício ( Lc 22:19; 1° Co 11:24-26 ). Memorial é aquilo que se faz para               perpetuar a memória de alguém ou de algum acontecimento, trazendo-o a              lembrança permanentemente. Por exemplo a páscoa era um memorial para              Israel na Velha Aliança que comemorava a saída do Egito ( Ex 12:24-27 ).

              Expressões sinônimas da ceia do Senhor

              1 .  A mesa do Senhor  -  1° Co 10:21

              2 .  Comunhão do corpo e do Sangue de Cristo  -  1° Co 10:16

              3 .  Partir o pão  -  At 2:42; 20:7

              Jesus instituiu a ceia na noite em que foi traído e ordenou aos discípulos que a

              celebrassem em sua memória, porque este foi o sacrifício que restaurou a comunhão do homem com Deus

        B .  Esclarecimento sobre a comunhão com Deus

              Antes de tratar diretamente da ceia do Senhor, vamos ligar numa linha de pensamentos bíblicos os fatos relativos a perda da comunhão do homem com              Deus e à restauração da mesma.

              1 .  O homem perde a comunhão com Deus ou sofre a morte espiritual, quando

                    peca  -  Gn 2:17; Ez 18:4; Is 59:2; Rm 5:12; Tg 1:15

              2 . O homem não tem condições de restaurar essa comunhão ou de voltar à                    vida espiritual por seus próprios recursos  -   Gn 3:22-24; 1°Co 1:21; Ef 2:8-9; Tt 3:4-7

              3 .  É Deus quem toma a iniciativa da restauração  -  Gn 3:15; ( esta é a                     promessa de um Redentor nascido na raça humana )  -  1°Co 1:21; Rm 3:23,24; Ef 2:4-5,8

              4 .  A comunhão é restaurada pelo sacrifício de Cristo  -  Jo 6:51b; Rm 5:10-11;

                    Hb 10:10,19-20

              5 . A restauração à comunhão com Deus é mediante a fé em Cristo e seu                     sacrifício  -  Jo 3:14-16; 5;24; 11:25; Rm 3:24-25

              6 .  A comunhão com Deus é em espírito e não na carne  -  Jo 6:63

              7 .  Para consumar essa comunhão, ou seja, para criar e alimentar a nossa vida                    espiritual era necessário que Jesus fosse ressuscitado e glorificado  -                  Jo 6:62-63; 7:37-39; 16:7. Quando Jesus foi glorificado, o Espírito foi derramado por Ele sobre os discípulos no dia de pentecoste. Agora Ele permanece na igreja até a sua volta e todos nós somos nutridos por Ele  -  At 2:32-33; 1°Co 12:13

              8 .  Estas verdades espirituais precisam ser discernidas em espírito, porque não                    é comendo ou bebendo  os elementos da ceia, que podemos manter                    comunhão com Deus e nem alimentar a nossa vida espiritual  -  Jo 6:53-63

              9 . Esse discernimento é Deus quem dá  -  Jo 6:44-45,65; Mt 16:15-17              Portanto, a ceia do Senhor não é ato que renove a comunhão com Deus por               comer o pão e beber do fruto da videira. A ceia é o memorial de Cristo e seu sacrifício, que nos restauram à comunhão com Deus. Não se encontram nas palavras de Jesus e de seus apóstolos as idéias de que por meio da ceia o crente recebe perdão de pecados, cura de enfermidades ou qualquer outra graça.

        C .  Os elementos componentes da ceia e o seu significado

              1 .  O pão asmo, pão sem fermento, usado na comemoração da páscoa judaica

                    O seu significado é o corpo de Cristo, puro, isento de pecado ( Lc 22:19b ).

                    Por analogia da igreja com o corpo de Cristo esta característica estende-se

                    à igreja, que deve manter a sua pureza e integridade, como um único pão sem fermento  -  1° Co 5:7-8; 10:17

              2 .  O fruto de videira  -  Lc 22:18; Mt 26:29; Mc 14:25;

                    Convém lembrar que a expressão usada por Jesus na instituição da ceia não                     é “vinho”, que no grego é “oinos”. A expressão usada é “fruto da videira”,                     que no grego é “genëma tës ampelou”. Em outras oportunidades Ele          empregou a palavra vinho ( Mt 9:17; Lc 7:33; 10:34 ). O fruto da videira                    representa o sangue de Cristo ( Lc 22:20 ), o que tem profundo significado                     espiritual.

        D .  A celebração da ceia

              1 .  Há quatro textos que descrevem a instituição da ceia. São eles Mt 26:26-30

                    Mc 14:22-26; Lc 22:19-23 e 1°Co 11:23-26

              2 .  Os quatro textos são unânimes em afirmar que Jesus iniciou pelo pão.

                    Nenhum dos quatro textos diz, no grego, que Jesus tomou  “o pão”.

                    Nenhum dos textos trás o artigo definido “o”, antes da palavra pão.

                    E quando isto acontece, a tradução deve ser feita usando-se o artigo                    indefinido, ou não usando artigo nenhum. Portanto, quando encontramos o                     artigo indefinido antecedendo a palavra pão em Português, “tomou um                     pão”, devemos compreender que o verbete “um” não significa o numeral 1                    ( 1 pão ), mas significa algum pão entre outros. Se a intenção de Jesus                    fosse partir um único pão para toda a igreja na celebração da ceia,                    os textos exprimiriam isto por meio do numeral grego “heis” que significa                    a quantidade unitária, e deveria vir antes da palavra pão. Isto significa                     que uma igreja de muitos membros pode usar mais de 1 pão na celebração                    da ceia.

              3 .  Em seqüência a tomar o pão, Jesus deu graças.

                    Depois de ter dado graças partiu o pão

                    Depois, deu-o aos discípulos para que comessem, ordenando-lhes que                     fizessem isto em sua memória.

                    Verifique essa seqüência comparando os quatro relatos, de Mateus, Marcos,                    Lucas e 1°Coríntios.

              4 .  Em seguida Jesus tomou um cálice

                    a .  Mateus e Marcos escrevem “tomou cálice”, sem artigo, que se traduz                           por “tomou um cálice”, sendo que este “um” também não é o numeral                           1, mas o artigo indefinido, significando algum dos cálices.

                    b .  Havia um só cálice ou havia muitos cálices? Note em Lucas 22:17                           que, antes de partir o pão, Jesus já tinha mandado os discípulos                           repartirem o cálice. Isto ocorreu ainda na comemoração da páscoa                           judaica, antes da instituição da ceia. Assim, quando o Mestre tomou o                          cálice, depois de partir o pão, cada discípulo já estava com a sua                           porção de fruto da videira no seu próprio cálice, que fora tomada do                            cálice que Jesus tinha pegado. “Tomar” significa “pegar” e não                           significa “beber”.

                     c .  Mas no original grego de Lc 22:20 consta “o cálice” com o artigo definido. Paulo escreve do mesmo modo em 1°Co 11:25. Por quê aparece aqui o cálice determinado com o artigo definido “o”?

                           O que isto pode indicar é que Jesus tomou aquele mesmo cálice que                            Ele tinha dado aos discípulos para repartirem entre si.

                     d .  Em seguida a tomar o cálice Jesus deu graças ( Mt 26:27; Mc 14:23 ).

                           Lucas e Paulo exprimem que Jesus tomou o cálice com ações de graça                           através da expressão “semelhantemente” ou “por semelhante modo”                           ( Lc 22:20; 1°Co 11:25 ).

                     e .  Por último Mateus informa que Jesus deu o cálice aos discípulos,                            dizendo: “bebei dele todos” ( Mt 26:27 ). Marcos informa que Jesus deu o cálice aos discípulos e todos beberam dele ( Mc 14:23 ).

                           Lucas e Paulo não relatam que Jesus tenha mandado os discípulos                            beberem do cálice. Mas isto fica implícito no espírito da celebração,                           corroborando também as informações de Mateus, de Marcos e a                            explicação de Paulo em 1°Co 11:25-26

                     f .  Os relatos de Mateus, Marcos e 1°Coríntios falam em beber do cálice.

                           Beber “do cálice” não é o mesmo que beber “no cálice” ou “com o                            cálice”. Beber “do cálice” é beber uma parte do conteúdo do cálice.                           Beber com o cálice ou beber no cálice é por a boca no cálice para                            beber. Todos podem beber do mesmo cálice, sem beber no mesmo                           cálice. Basta passar um pouco do conteúdo do cálice para outros                           cálices. Isto significa repartir o cálice ( Lc 22:17 ). Embora sejam                           cálices diferentes, o conteúdo é o mesmo ( cp Jo 4:12; 1°Co 10:4 ).

                           Repartir o cálice para cada um beber no seu próprio cálice não                            significa distinção ou divisão entre irmãos. Veja que com o pão                            acontece cousa semelhante, pois, todos comem do mesmo pão depois                           dele  partido, sem necessidade de todos morderem no mesmo pão.                            Jesus mesmo mandou os discípulos repartirem o cálice ( Lc 22:17 ).                           O que se conclui? Conclui-se que o costume de celebrar a ceia com um                           único cálice é uma tradição que resulta de interpretação superficial,                            e não resiste à leitura da Palavra com discernimento.

                     g .  Uma cousa parece anacrônica: Mateus e Marcos relatam que Jesus deu

                           o cálice para os discípulos beberem dele, alguns passos depois de                            partir o pão. Isto parece indicar que leles repartiram o cálice na hora                           de beber. Porém, Lucas não descreve Jesus dando o cálice naquele                            momento. Ele relata que, durante a comemoração da páscoa judaica,                           Jesus tomou um cálice, deu graças e disse: “Recebei e reparti entre                            vós” ( Lc 22:17 ).

                           Haverá alguma contradição nisso? Certamente que não! É comum os                           escritores arranjarem o material de seus livros de acordo com as                            necessidades. E com isso eles não fogem à inspiração do Espírito.                            Mateus, Marcos e Lucas omitem um período considerável do ministério de Jesus, o ministério da Judéia. João dedica a esse período                            parte do capítulo 2, o capítulo 3 e parte do capítulo 4 do seu                            Evangelho. Lucas coloca a pregação de Jesus em Nazaré com grande                           ênfase, no início do seu Evangelho ( Lc 4:16-30 ) enquanto que Mateus                            coloca Sermão da Montanha, também com grande ênfase, no início do                             seu Evangelho ( Mt 5,6,7 ). Em Mateus 20:29-30 notamos referência a                            dois cegos em Jericó, enquanto que Marcos se refere a apenas um                            cego, Bartimeu, que deve ser aquele que ficou mais conhecido na                            história da igreja primitiva ( Mc 10:46 ).

                           Assim, podemos compreender que não há contradição entre os relatos                           de Mateus e Marcos com o de Lucas. Mateus e Marcos omitem o                            episódio da repartição do cálice na páscoa judaica, transportando-o                           para o momento da instituição da ceia. Lucas considera que a                 repartição já havia sido feita anteriormente.

                    h .  O relato de 1° Coríntios 11:23-25 segue bem de perto o relato de Lucas                          completando-o no verso 25, pressupondo a repartição do cálice antes                          do partir do pão, harmonizando perfeitamente os relatos de Mateus,                          Marcos e Lucas.

              5 .  Resumindo os fatos, compreendemos que há uma ordem bem definida na celebração da ceia que pode ser reconstituída do seguinte modo:

                    1°)  Jesus tomou o pão

                    2°)  Deu graças

                    3°) Partiu-o e deu aos discípulos para comerem, dizendo: “isto é o meu                           corpo, fazei isto em memória de mim”.

                    4°)  Em seguida tomou o cálice

                    5°)  Deu graças

                    6°) E disse: “este cálice é a nova aliança no meu sangue”, ou “isto é o                           meu sangue, o sangue da nova aliança...”  Fazei isto todas as vezes                            que o beberdes, em memória de mim.

                    Esta é uma harmonização dos quatro relatos da ceia.

        E .  O dia da celebração

                    O Novo Testamento afirma que a igreja apostólica se reunia com a                     finalidade de partir o pão, isto é, de celebrar a ceia do Senhor, no primeiro                    dia da semana. 1° Co 11:20 diz que os discípulos se reuniam no mesmo                     lugar, e o motivo era comer a ceia do Senhor, embora estivessem                     comportando-se de modo impróprio. 1° Co 16:1 afirma que essa reunião se                    dava no primeiro dia da semana. Igualmente At 20:7 afirma que os                     discípulos em Trôade estavam reunidos com o fim de partir o pão.                     É muito especial a maneira de Lucas escrever sobre esse episódio.                    Ele diz no original: “No primeiro dia da semana, tendo nós sido reunidos                     com o fim de partir o pão...”  A expressão “tendo nós sido reunidos” é                     flexão do verbo “sunagö” do grego, que significa reunir ou convocar, e se                     encontra no particípio perfeito passivo. Este tempo verbal exprime a idéia                     de que num primeiro dia os discípulos foram convocados para partir o pão

                    desde esse dia, a convocação continua válida. As razões para esta reunião                    dos discípulos no primeiro dia da semana estão apontadas no                    Novo Testamento e são:    

                    1°)  Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana ( Jo 20:1-9 )

                    2°)  Jesus manifestou-se naquele dia a vários discípulos ( Jo 20:11-26;

                           Lc 24:13-35 )

                    3°)  Jesus manifestou-se novamente no primeiro dia da semana, oito dias                           depois da ressurreição ( Jo 20:26 )

                    4°) Jesus partiu o pão com dois discípulos no dia da ressurreição, o                            primeiro dia da semana, e apareceu também a todos os outros                           discípulos ( Lc 24:30-36 ).

Mas ainda há outros fatos que mostram a importância do primeiro dia da                    semana para a igreja:

                    1°)  Corresponde ao oitavo dia da criação de Deus, sendo o dia da criação                           do novo homem, o homem espiritual pela ressurreição de Cristo                           ( 1°Co 15:45-49; Tg 1:18; 1° Pe 1:3 ).

                     2°)  Foi o dia que marcou o início da igreja, pentecoste, que caía sempre                            no primeiro dia da semana, 50 dias depois da Páscoa.

                     3°) Foi o dia em que Deus deu a última revelação da Palavra,                            completando as Escrituras inspiradas com o livro do Apocalipse                            ( Ap 1:10-11 ).         

                      4°) É o dia que a Palavra descreve como o dia do Senhor ( Ap 1:10 ). Todos esses fatos mostram que a igreja primitiva conhecia a razão de                       sentir-se convocada com o fim de partir o pão no primeiro dia da semana. Se não houve uma ordem expressa de Jesus para isto, foi o próprio Espírito que levou a igreja a esse procedimento. Todavia, no Novo Testamento, o primeiro dia da semana não é regido por leis, como era o sábado no Velho Testamento, mas é discernido no Espírito. Através da celebração da ceia, a igreja professa a sua fé na morte expiatória de Cristo, bem como na sua volta ( 1°Co 11:26 ).                      E entre estes dois pontos de fé está a convicção de que o nosso                  Redentor vive. Esta confiança é que leva a igreja à perseverança na                      celebração da ceia, como a igreja primitiva ( At 2:42 ). Em outras                       palavras “o Espírito e a Noiva dizem: Vem! Ora, vem, Senhor Jesus!”

        F .  Atitudes Necessárias para Participar da Ceia do Senhor                     

             1 .  Dignidade, que significa não se comportar inconvenientemente  - 

                   ( 1° Co 11:21-27 )

             2 .  Auto-análise ( 1° Co 11:28 )

             3 .  Discernimento ( 1° Co 11:29 )

                   É preciso discernir que, tanto a igreja quanto o corpo de Cristo sacrificado,                  estão representados no pão que se come. É necessário considerá-los à                   altura. Cada membro do corpo deve considerar os outros membros com                   dignidade e ter grande respeito e reverência pela comemoração deste ato.

            

  III .  O louvor

               O termo bíblico que exprime o nosso ato de adoração a Deus por meio de palavras cantadas ou simplesmente faladas é “louvor”. A palavra “música”             que alguns empregam para isto pertence ao vocabulário pagão dos gregos e está relacionada com os entes chamados “Musas” da mitologia grega. Aqueles pagão acreditavam que elas inspiravam os artistas liberais, especialmente os poetas e os músicos. Nós, entretanto, sabemos que o Espírito Santo é que nos move para louvar a Deus ( Ef 5:18-19 ).

              No Novo Testamento comparece uma única vez a palavra da mesma raiz que é              “músico” em Apocalipse 18:22 e se refere a homens profanos. Muitas versões               da Bíblia usam a palavra música em Lucas 15:25 oara exprimir o conjunto de               sons da tocata, dos cantos e gritos de júbilo que acompanhavam as danças na              festa a que se refere a passagem. Mas Jesus usou a palavra “sumphönia” para              descrever esses sons. Muitas traduções da Bíblia usam a expressão               “músico-mor”, “músico principal” ou “mestre de música” no título dos salmos.              Outras traduções mais exatas usam a expressão “mestre de canto”, porque a              palavra “músico” ou “música” nunca foi usada no texto hebraico. No Velho Testamento, o livro que conhecemos com o nome de Salmos é chamado “Tehillim” que, em hebraico, significa Cânticos de Louvor ou Hinos de Louvor. Este livro contém poesias inspirada pelo Espírito Santo, para              serem cantadas em louvor a Deus. O nome “Salmos” que foi dado ao livro em              Português e muitas outras línguas, provém da versão chamada Septuaginta,               que é a tradução do Velho Testamento hebraico para o Grego, feita quase              trezentos anos antes de Cristo. Nesta obra os tradutores tomaram a palavra              “mizmor” que traduziram por “Salmo”. Isto serviu de base para o título do              livro na tradução grega. A palavra “mizmor” significa poema sagrado ou cântico sagrado.

              Há várias expressões bíblicas que significam louvor. Tais são: louvor, cântico,              Salmo, hino e cântico espiritual. Todas elas exprimem aquilo que o nosso espírito oferta a Deus como tributo de adoração por meio de palavras.

              O louvor não se confunde com oração, embora a oração possa conter louvores              a Deus.

        A .  A qualidade do louvor

              Existem no Novo Testamento onze passagens que falam a respeito do louvor a               Deus, relacionado com a igreja aqui na Terra. São elas:

              Mt 26:30                     Rm 15:9                  *Ef 5:10                    Hb 2:12            

              Mc 14:26                    *1°Co 14:15             *Cl 3:16                 *Hb 13:15

              At 16:25                     *1°Co 14:26                                             *Tg 5:13

              Algumas destas passagens descrevem cristãos louvando a Deus em devoção              particular, enquanto outras falam da atitude ou da disposição relacionadas              com o louvor. Todas essas passagens são muito instrutivas, mas aquelas              assinaladas com asterisco ( * ) ensinam diretamente como a igreja ou o cristão              individualmente deve louvar a Deus.

              1° Co 14:15 enfatiza a necessidade de louvar com palavras compreensíveis.              Cantar mecanicamente, sem controle mental daquilo que se diz, sem dirigir a              Deus a mensagem, ou sem que os outros possam compreender para serem              instruídos, não é atitude aceitável a Deus.

              1° Co 14:26 fala da liberdade e do direito que deve ser dado a cada irmão de              trazer uma composição de sua própria autoria em louvor a Deus, ou de               escolher um Salmo ou um hino para que todos cantem juntos. Note-se, porém,  que tudo deve ser feito para edificação da igreja.

              Ef 5:18-19 e Cl 3:16 instruem da necessidade de ser cheio do Espírito e da               Palavra de Cristo para:

              a .  Falarmos entre nós com Salmos e hinos e cânticos espirituais

              b .  Entoarmos e louvarmos com o coração ao nosso Deus

              Salmos são poesias compostas em louvor a Deus, para serem cantadas. Podem ser do Velho Testamento ou outras feitas por cristãos, para serem cantadas por               toda a igreja.

              Hinos são poemas compostos para magnificar a Deus e serem cantados               solenemente. Existem hinos bem conhecidos em nossos dias, como “Castelo               Forte é Nosso Deus”; “Santo, Santo, Santo Deus Onipotente”; “Saudai o Nome de Jesus”; “Cristo Já Ressuscitou”. Mas há indícios de que a igreja primitiva tinha hinos grandiosos que provavelmente estão representados nas seguintes passagens do Novo Testamento: Ef 1;3 ss; 5:14; Fp 2:5-11; Cl 1:13 ss 1° Tm 3:16; Ap 5:9-10; 15:3-4

              Após a solenidade da instituição da ceia do Senhor, Jesus e os discípulos               cantaram um hino e saíram para o Monte das Oliveiras. Cânticos Espirituais são cânticos de conteúdo espiritual e podem surgir espontaneamente no espírito humano. Todavia, ao entrarem no processo mental, precisam ser controlados pela mente, para serem cantados. Hb 13:15 ensina que o louvor cristão é sacrifício de lábios oferecido a Deus por meio de Jesus Cristo. Aquele que confessa Jesus deve oferecer louvores com o mesmo instrumento com que confessa, isto é, com os lábios. Confissão e louvor, além de terem o mesmo centro de motivação, o coração, devem ser expressos pelo mesmo orgão, a boca ( cp Rm 10:8-9 e Hb 13:15 ). Tg  5:13 refere-se às circunstâncias propícias para o louvor, isto é, de alegria.

              Nestas passagens sobre louvor que acabamos de analisar notamos que:

              1 .  Nem uma só vez aparece menção de instrumentos musicais

              2 . Nem uma só vez aparece Jesus, algum dos apóstolos ou algum cristão                   tocando instrumento musical no culto da igreja reunida, ou em devoção                    particular, para louvar a Deus.

              3.    São apontados o canto, os lábios, a mente e o coração em conexão com o louvor.

              4 .   O coração é apontado como o instrumento a ser usado no louvor.                    Ef 5:19 afirma: entoando e louvando de coração ( com o coração ) ao                    Senhor. Cl 3:16 acrescenta que o louvor oferecido a Deus deve ser                    acompanhado de gratidão também no coração.

              5.    Não existe no Novo Testamento nenhuma passagem citada do Velho                    Testamento, mencionando louvor com instrumentos musicais. Isto

                    significa que o Espírito Santo não autorizou o uso de tais passagens, quando inspirou os escritores do Novo Testamento.

              6 . A atitude própria do louvor no Novo Testamento é, antes de tudo,                     espiritual, por dispensar o acompanhamento de instrumentos materiais.                    Tais instrumentos não são pedidos nas escrituras neotestamentárias. De                    acordo com Rm 12:1 a nossa adoração racional consiste em oferecer                    sacrifícios vivos, santos e agradáveis ( ou aceitáveis ) a Deus, e, não ao                    homem. Muitas coisas que agradam ao homem não agradam a Deus, como                    sacrifício de adoração. O mel, tão doce, saboroso e agradável ao paladar                    humano foi recusado por Deus como sacrifício, no Velho Testamento. Ele                    ordenou o sal ( Lv 2:11-13 ). A razão é simples. O mel fermenta com                     facilidade, levedando todo o restante do sacrifício, pondo-o a perder.                    Mas o sal conserva. Assim também um leve balanço do moderno jazz                    americano, um pouco do ritmo do samba dos morros cariocas ou o                     magnetismo dos conjuntos musicais com o ruidoso estardalhaço de seus                    instrumentos metálicos , cousa imprópria para o culto, podem agradar a                    muitos cristãos que ainda carregam esses estigmas em suas raízes                     humanas, mas não agradam a Deus. Por quê?

                    1 . porque arrastam para dentro da igreja rudimentos do mundo como                           ritmo, balanço, gingado, dança, êxtase etc.

                    2 .  porque desviam a atenção do adorador para os instrumentos, de modo                          que a sua mente fica dividida entre o efeito dos instrumentos e as                            palavras oferecidas a Deus em sacrifício de louvor. Bem disse certo                           pregador:

                          “A música está para a alma, assim como o sexo está para o corpo”.                           Ambos são igualmente arrebatadores.

                    3 . porque alguns vêem com mais nitidez a presença dos instrumentos                          durante o louvor, do que a presença do Senhor. Também, os                          instrumentos produzem nos seus admiradores uma motivação que                          deveria vir do Espírito Santo.

                    4 . porque cria-se na igreja uma classe de instrumentistas que não têm                           lugar na organização da igreja do Novo Testamento, nem na relação                          dos dons de Cristo, de Deus ou do Espírito.

                    Por todas essas razões anseia com ciúmes o Espírito que Deus faz habitar                    em nós ( Tg 4:4-5 ). O Espírito afirma que o louvor agradável a Deus é de                     lábios, com Salmos, hinos e cânticos espirituais, entoados com o coração e                    controlados pela mente. Portanto, é assim que podemos agradar a Deus.                    Lembremo-nos de que Jesus não se agradou a si mesmo, antes renunciou a                    glória celeste para morrer na cruz, procurando em tudo agradar a Deus,                    fazendo a sua vontade ( Hb 10:5-10 ). Nós também devemos fazer como                    Ele, porque é nessa vontade que temos sido santificados.                    Muitos argumentos são propostos para justificar o uso de instrumentos na                     adoração. Mas eles não resistem a uma análise bíblica. As perguntas que se                    seguem são exemplos:

                    a .  Se no culto do Velho Testamento eram permitidos os instrumentos, por quê não os usar no culto do Novo Testamento?

                          a.1)    porque o Velho Testamento ou a Velha Aliança já teve a sua função cumprida, cedendo lugar a Nova Aliança ( Hb 8:8,9,13 ).

                          a.2)   a Velha Aliança tinha preceitos carnais ( Hb 9:9-10 ).

                          a.3)               a Nova Aliança é superior ( Hb 8:6,7 ).

                          a.4)  a Nova Aliança é espiritual ( Hb 9:11-15,23,24 ).

                          a.5)    muitas cousas usadas no Velho Testamento deixaram de ser usadas no Novo Testamento como incenso, oferta de manjares, festas religiosas etc.

                    b . Se os instrumentos não devem ser usados, por quê Deus abençoa as   igrejas que os usam?

                          b.1)    porque, independentemente da nossa maior ou menor perfeição, Deus prossegue de maneira soberana no seu propósito de salvar                                  ( Rm 8:31-39; Ef 1:11-12 ), pois, se dependesse de nós, ninguém                                  seria salvo. Apesar de Israel recusar freqüentemente o governo de                                  Deus, Ele perseverou no seu propósito para com a nação ( 1° Sm 8:7-9 )

                          b.2)    o objetivo deste trabalho não é pronunciar condenação sobre os                                  que ainda usam instrumentos musicais na adoração, mas mostrar                                   biblicamente qual a vontade de Deus na nossa maneira de adorar                                  para agradá-lo. Quando fazemos o que lhe agrada, estamos                                  crescendo em santificação na sua vontade ( Hb 10:10 ).

                    c . Se os instrumentos estão nas igrejas hoje, é porque sempre foram                          aceitos.

                          c.1)    não é verdade que eles sempre foram aceitos. A igreja primitiva                                  do tempo dos apóstolos nunca os usou, como se conclui da                                   análise do Novo Testamento. Também a História Universal e os                                  historiadores da igreja dos primeiros séculos informam que o                                   culto cristão era simples, com cânticos de louvor, tendo havido                                  oposição contra a introdução de instrumentos.

                          c.2)  foi só no século VII, através de um decreto do Papa Vitaliano                                  ( 657-672 D.C ), que foi permitido o uso do orgão, quando a                                  apostasia já ia longe e já se tratava da Igreja Católica Romana.

                          c.3)  apesar do decreto, o uso generalizado desse instrumento só veio                                  a acontecer depois de 1.200 D.C. Também este decreto veio a sair                                  depois de alguns séculos de polêmica sobre o assunto. Tanto que                                  Clemente de Alexandria ( sec. III ) e outros patriarcas da igreja                                  pos-apostólica foram contrários ao uso de instrumentos. O próprio Papa Vitaliano assinou o decreto contra a sua vontade.

   c.4)    Igreja Ortodoxa Grega que é descendente direta das igrejas                                   apostólicas, rejeita o uso dos instrumentos musicais.

                    d .  Por quê o problema é desconhecido das várias denominações?

                          O problema não é desconhecido, mas é deixado de lado.

                          d.1)  Martinho Lutero, o grande reformador, referindo-se ao uso de                                   instrumentos na adoração, “chamou o órgão de uma insígnia de                                  de Baal”  -  Enciclopédia Mc Clintock e Strong, Música, Volume VI, pág. 762

                          d.2)  João Calvino, um dos fundadores da Igreja Presbiterana, escreveu                                  “Os instrumentos musicais para celebrar louvores a Deus não são                                  mais apropriados do que a queima da incenso, acender velas e a                                  restauração de outras sombras da lei. Os papistas, portanto,                                   emprestaram-nos totalmente dos judeus, assim como muitas                                   outras cousas” ( Comentário de J.C., Salmo 33 ).

                          d.3)  João Wesley, fundador da Igreja Metodista, afirmou: “Não tenho                                  qualquer objeção a instrumentos musicais em nossos templos,                                  desde que não sejam ouvidos, nem vistos” ( Comentário de                                   Clarke, Volume IV, pág. 686 ).

                          d.4)  Adam Clarke, o maior comentarista metodista de todos os tempos                                  escreveu: “A Música, como ciência, eu estimo e admiro; mas,                                   instrumentos musicais na casa de Deus, eu abomino e detesto.                                  Isso é abuso da música; e aqui registro meu protesto contra todas                                  as corrupções na adoração ao Autor do Cristianismo”                                   ( Comentário de Clarke, Volume  IV, pág. 686 )

                          d.5)  Charles H. Spurgeon, reconhecido como o maior pregador batista                                  que já viveu, pregou por vinte anos a milhares de pessoas,                                   semanalmente no Tabernáculo Metropolitano Batista em Londres, e não usava instrumentos musicais na adoração ( M. C. Kurfees, Música Instrumental na Adoração, pág. 196 ).

                         d.6)  Conybeare e Howsom, famosos eruditos da Igreja da Inglaterra,                                 comentando sobre Ef 5:19, dizem: “Façam melodia com a música                                  de seus corações ao Senhor...Que os seus cânticos sejam, não as                                 canções das festas pagãs, mas Salmos e hinos; e os seus                                  acompanhamentos não da música da lira, mas a melodia do                                  coração” ( Vida e Epístolas de São Paulo, Volume II, pág. 408 ).                         Como se vê, há uma nuvem de testemunhas constituída de historiadores enciclopedistas e líderes eclesiásticos a rodear os instrumentos musicais e seus adeptos nos cultos de adoração, confirmando a Palavra do Senhor e de seus santos apóstolos, que pedem o canto vocal e ainda nos ensinam isto: “não ultrapasseis o que está escrito” ( 1° Co 4:6 ). Alguns argumentam que o uso de instrumentos na adoração é permitido porque o Novo Testamento não diz nada que o proíba. Na realidade os mandamentos para louvar ao Senhor com o coração e com os lábios, excluem o uso de cousas incapazes de transmitir os pensamentos de louvor e gratidão a Deus que se encontram em nosso espírito e em nossa               mente. Assim como não devemos usar café e bolacha para celebrar a ceia do Senhor, porque a Palavra de Deus especifica o pão e o fruto da videira, assim também não devemos usar instrumentos na adoração, pois o Novo Testamento diz que devemos louvar com o coração e com os lábios. Nunca poderemos prever todas as conseqüências daquelas inciativas, que vão além do que Deus permite. Por isso a própria Bíblia            ensina a não ultrapassar o que está escrito. Também não devemos                      acrescentar ou retirar nada da Palavra de Deus ( Dt 4:2; Pv 30:5-; Ap 22:18-19 ). Nadabe e Abiú foram fulminados, porque levaram à presença do Senhor fogo estranho que Ele não havia pedido ( Lv 10:1-2 ). O que realmente deve produzir em nós o ardor para louvar é sermos cheios do Espírito Santo, e não a vibração de instrumentos, que é fogo estranho.

        B .  O propósito do louvor  -  Por quê cantamos?

              1 .  Para satisfazer a vontade de Deus, pois Ele quer que cantemos  -                      ( Ef 5:19; Cl 3:16; Hb 13:15; Tg 5:13

               2 .  Para glorificar a Deus   ( Rm 15:9 )

               3 . Para falar, instruindo e aconselhando uns aos outros por meio de Salmos,                     hinos e cânticos espirituais  ( Ef 5:19; Cl 3:16 )

               4 .  Para render ações de graça  ( Ef 5:19-20; Cl 3:16 )

               5 .  Para expressar nossa alegria  ( Tg 5:13 )

  IV  -  A  Contribuição

               A contribuição é sacrifício aceitável e aprazível a Deus, como aroma suave               ( Fp 4:18 ). Por isso, é um ato de adoração da igreja. A idéia fundamental para               se compreender a responsabilidade de contribuir está no fato de que Deus é                dono de todas as cousas, e nós estamos na posição de administradores dos seus                bens. A contribuição é a prestação de contas referentes à nossa administração                E nesse cargo de dispenseiros, precisamos ser fiéis ( 1° Co 4:2 ).

                A .  Deus é dono de todas as cousas

                      1 . Ele criou tudo, portanto, tudo lhe pertence (Gn 1:1; Dt 10:14; Sl 24:1)

                      2 . Israel administrava temporariamente a terra de Deus ( Lv 25:23 )

                      3 . Todos os animais pertencem a Deus ( Sl 50:10-12 )

                      4 . A prata e o ouro são seus ( Ag 2:8 )

                      5 . Ele tem direito sobre todas as almas ( Ez 18:4 )

                      6 . Todos os membros da igreja lhe pertencem. Ele os comprou (At 20:28)

               Desta forma, toda e qualquer pessoa vive sob a responsabilidade da Administração dos bens que Deus confiou a cada um. Os cristãos precisam                 compreender que a contribuição é o justo e devido pagamento da prestação                de contas da sua administração.

                B .  Princípios para a contribuição no Novo Testamento

                      1 . No Velho Testamento a contribuição era feita na forma de dízimos, um mandamento expresso e bem caracterizado no corpo da Lei de                             Moisés ( Lv 27:30-34; Nm 18:27; Dt 12:6 ). Esta era a principal forma de contribuição, mas havia outras além desta ( Dt 12:6,11; Ex 13:2;                            34:19-20 ). O dízimo era uma recompensa aos levitas pelo serviço que                            prestavam no Tabernáculo ou no Templo, uma vez que não receberam                            parte na divisão do território de Israel ( Nm 18:21-24 ).

                      2.  No Novo Testamento a contribuição não está sujeita a prescrições                            legais, mas a normas e princípios espirituais muito práticos. Estas                             normas e princípios encontram-se em 2°Coríntios capítulos 8 e 9 e em                            1°Co 16:1-2. Vejamos primeiramente os princípios

a . A contribuição é ensinada como graça ( 2°Co 8:1-7 ). Refere-se ao                                  máximo possível, e não ao mínimo de dez por cento.

                            b . É ensinada como forma de participação comum ( 2°Co 8:4 )

                            c . É ensinada como prova de amor ( 2°Co 8:8-9 )

                            d . É ensinada como meio de estabelecer igualdade ( 2°Co 8:13-15)

                            e.  Pode ser planejada com antecedência para melhor proveito do                                 trabalho ( 2°Co 9:1-5 )

                            f . A contribuição legal de dez por cento não faz parte dos ensinos                                  para a igreja no Novo Testamento.

                                 Agora vamos ver as normas de contribuição do Novo Testamento

                            a .    Regularmente, no primeiro dia da semana. Quem não recebe por                                 semana como os trabalhadores no início do cristianismo, calcula                                  os seus rendimentos no dia do pagamento, ou na apuração dos                                  lucros.

                            b . Sistematicamente, pondo de parte, isto é, separando a contribuição do total dos rendimentos ( 1°Co 16:2 )

                            c .  Individualmente, isto é, cada um em separado ( 1°Co 16:2 )

                            d . Liberalmente, isto é, livremente e generosamente ( 2°Co 8>1-4;                                  Rm 12:8 )

                            e . Planejadamente, isto é, não esporadicamente e sem atender às                                  finalidades, mas de acordo com um plano ( 2°Co 8:12-15 )

                             f . Propositadamente, isto é, conforme proposto no coração e conforme a maneira escolhida de contribuir, depois de considerar                 o assunto ( 2°Co 9:7 )

                             g . De boa vontade e com alegria ( 2°Co 8:12; 9:7 )

                                 Quando se lê o capítulo 29 do primeiro livro de Crônicas, observa-se a semelhança das atitudes de Davi, dos seus oficiais e do povo ao contribuir para a construção do Templo de Jerusalém e as atitudes  ensinadas para a contribuição no Novo Testamento.

        C .  Finalidades da Contribuição

              1 .  Sustentar os ministros ( Mt 10:9-10; 1°Co 9:13-14; Fp 4:10,18; 1°Tm 5:17-18; Gl 6:6 )

              2 .  Socorrer os santos ( 1°Co 16:1; 2°Co 8:4; 1°Tm 5:3; Gl 6:10b )

              3 .  Socorrer pessoas de fora ( Gl 6:10a ). Obras de benevolência devem ser                     feitas, mas deve-se dar prioridade aos membros necessitados da igreja.

              4 .   Financiar os trabalhos da igreja ( veja o capítulo sobre “A Missão da Igreja”

        D .  Alternativas para a Contribuição

              1 .  Todos são exortados a contribuir: “cada um de vós” ( 1°Co 16:2 )

              2 .  Conforme as posses e a prosperidade ( 1°Co 16:2; 2°Co 8:12 )

              3 .  Os ricos são exortados a serem generosos em dar ( 1°Tm 6:17-18 )

              4 .  Receberá do Senhor recompensa abundante ( 1°Co 9:6,8-9; Ml 3:10 )

 

  V .  A  Pregação  da  Palavra

        É de grande importância para a igreja, quando esta se reúne para adoração. É preciso ter em mente que a pregação deve atingir os seguintes objetivos:

        A.   Edificar, isto é, promover o crescimento espiritual, aperfeiçoando o conhecimento de Deus por meio da Palavra. É importante que os pregadores              conheçam as necessidades dos membros do corpo, para dar o ensino adequado, fim de que haja progresso espiritual. A pregação e o ensino abrange também ministério de mestres, de bispos, presbíteros, pastores e evangelistas ( 1°Tm 3:2; 4:11-13; 2°Tm 4:2,5; Tt 1:9; 2:7 )

        B . Exortar, isto é, produzir estímulo ou encorajamento para viver a vida cristã,               utilizando-se do apelo da Palavra de Deus. A exortação vem pelo ensino, estudo e pregação da Palavra. Muitas idéias afins são combinadas no conceito comum de “pregar a Palavra”. São idéias que não tem apenas o sentido evangelístico de proclamar.

              Relação de passagens que mostram a versatilidade que a pregação pode              possuir:  At 15:35; 20:7,20-21; Cl 4:16; 1°Ts 5:27; 1°Tm4:13; 2°Tm 2:15;              4:1-5; Tt 3:8  -  Mt 4:23; Mc 1:14-15; 8:1-3; 16:15-20

              Exemplos de sermões no Novo Testamento: Lc 7:24-35; At 2:16-41; 7:2-53;              10:34-48; 13:15-41; 16:27-34; 17:22-31; 1°Co 1:18-31

 

  MISSÃO  DA  IGREJA

  Missão é o trabalho de alguém enviado para realizá-lo. O enviado tem também o nome   de apóstolo ou missionário. A igreja tem caráter missionário, porque recebeu de Jesus    a incumbência de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura. Mas o seu  trabalho inclui muitas tarefas que podem ser vistas da maneira como Mateus descreve  o comissionamento da igreja em Mt 28:19-20. A missão da igreja inclui todos os   aspectos do propósito para o qual ela foi enviada. Devemos nos lembrar de que a igreja  é uma instituição divina e, portanto, a sua missão também é divina. Outro ponto de   vista importante a considerar é que a sua natureza missionária tem raízes na própria  natureza missionária da obra de Cristo ( Jo 17:18 ).

  I .  Sentido geral da missão da igreja

       A .  Glorificar a Deus ( Ef 3:21 )

       B .  Manifestar a sabedoria de Deus ao mundo ( Ef 3:10-11 )

               A igreja é um monumento perpétuo à sabedoria de Deus dentro da humanidade.

               Ela mostra a riqueza de formas com que Ele revela aos poderes espirituais a Sua  sabedoria.

        C .  Servir e obedecer a Deus.

              Cristo é colocado por Deus como Cabeça a quem a igreja deve obediência. É               por meio d'Ele que ela presta serviço a Deus ( Cl 1:18-19; Ef 5:24a; Hb 12:28;              1° Pe 2:5 )

        D .  Proclamar as virtudes de Cristo

              Todos quantos se agregaram a Cristo fazem parte de um povo especial, criado              por Deus, com a finalidade de anunciar as virtudes de Cristo ao mundo das              trevas. Povo que anda na luz, que antes estava nas trevas, e não era              povo de Deus. Agora, porém, alcançou misericórdia ( 1° Pe 2:9-10 )

  II .  Sentido específico da missão da igreja

        A .  Suportar, preservar, defender a verdade ( 1°Tm 3:15; Fp 2:15-16; Jd 3 )

        B .  Pregar o evangelho ao mundo ( Mt 28:18-20; Mc 16:15-16; Lc 24:47 )

              A importância da missão da igreja está em duas grandes verdades:

              1 . Todos os homens precisam de salvação, por causa do pecado ( Rm 3:9,20,23: Gl 3:22; Ef 2:1-3,11,12 )

              2 .  O evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê                    ( Rm 1:16-17; 1°Co 15:1-2; 4:15; At 11:14; 2°Co 4:3-4; 2°Tm 1:8-10 )

                    A igreja atua como agência de Deus na salvação do mundo

                    a . ela recebeu de Cristo esse mandato, e deve cumpri-lo ( Mt 28:18-20; Mc 16:15-16; Lc 24:47; Jo 17:18 )

                    b . ela agencia essa obra, empregando trabalhadores ( Mt 20:1-16; 1°Co 3:9; 9:14; 1°Tm 5:17 )

                    c . ela cumpre o seu programa de acordo com o plano pré-estabelecido                          por Cristo: Jerusalém, Judéia, Samaria, confins da terra ( At 1:8 )

        C .  Edificação do corpo

              a .  Promover o crescimento

                    na graça e no conhecimento de Cristo ( 2° Pe 3:18 )

                    no caráter de Cristo ( Rm 8:29; Ef 4:15-16; Cl 3:10 )

                    no amor fraternal ( Rm 12:10; Fp 1:9 )

                    no serviço e sacrifício espiritual ( Rm 12:1-2 )

                    na santificação ( Hb 12:14 )

                    na fé ( 2° Co 10:15 )

              b .  combater as cousa que dificultam o crescimento

                    As passagens seguintes mostram algumas delas

                    1°Tm 6:10,17-19; 2°Tm 2:22-23; Hb 5:11; 1° Pe 2:1-2

              c .  Cultivar as cousa que facilitam o crescimento

                    Medite nas seguintes passagens: Fp 4:5-8; Cl 3:1-4; 1°Tm 4:7-9,13-16

                    Tt 1:11-14; Hb 2:1-3; 5:13-14; 1°Pe 2:2 etc

                    Como incentivar o crescimento? Considere as seguintes passagens:

                    At 20:28-32; pelo cuidado dos anciãos; Hb 3:12-14; 10:19-25; 1°Ts 5:12-14; Fp 2:1-4; Ef 5:19; Cl 3:15-16

              d .  Aplicando disciplina para preservar a santidade do corpo ( Mt 18:15-18; Rm 16:16-17; 1°Co 5:1-13; Ef 5:27; 2°Ts 3:6,14; Tt 3:9-11 )

        D .  Praticar obras de benevolências

              a .  Jesus ensinou isto ( Lc 10:25-37 )

              b . A igreja primitiva compreendeu isto ( 1°Co 16:1; 2°Co 8,9; Gl 6:10;                    1°Tm 5:16 )

                    b1 .  Em iniciativa particular ( At 9:36-43 )

                    b2 .  Em conjunto ( At 11:29-30 )

                    b3 .  Em cooperação de várias congregações ( 2°Co 8:12-21 )

  II .  Como financiar a missão da igreja

                    O único meio reconhecido pelas Escrituras é a contribuição espontânea e                    liberal dos membros ( vide item “Finalidade da Contribuição” ) Quaisquer                    outros processos como bazares, quermesses, livros de ouro e jantares                    beneficientes com o fim de angariar fundos, estão fora do plano de Deus.

 

 

                                              A P Ê N D I C E

 

  O Novo Testamento Descreve a igreja por meio de certas analogias, com vistas a por em  relevo algumas características. Por exemplo:

  1 .  A igreja como corpo.  1°Co 12:12-26; Cl 1:18  enfatizam a sua natureza orgânica,        a necessidade de mútua cooperação, a interdependência dos membros, a         dependência de todos em relação à Cabeça ( Cristo ) e a participação comum no        mesmo Espírito.

  2 .  A igreja como um edifício. Efésios 2:22 enfatiza a obra universal de Cristo de        unificação dos povos num só corpo, que constitui a casa em que Deus habita em        Espírito.

  3 .  A igreja como família. Efésios 3:14-15 enfatiza a submissão de todos os filhos à         autoridade do Pai e Romanos 8:29 enfatiza a presença do Filho Primogênito ( Cristo ), como exemplo de disciplina e de caráter.

  4 .  A igreja como templo de pedras vivas. 1° Pedro 2:5 enfatiza o caráter sacerdotal da        igreja, que oferece sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Cristo, o        Sumo Sacerdote, que é também o que dá vida a todos.

  5 .  A igreja como esposa de Cristo. Efésios 5:22-33 enfatiza o amor, o cuidado de Cristo pela igreja e a submissão e o respeito da igreja por Cristo.

  6 .  A igreja como noiva de Cristo. Apocalipse 22:17 enfatiza a pureza e a fidelidade da igreja, bem como a sua expectativa pela chegada do noivo.

  7 .  Dos membros da igreja:

        a .  são acrescentados pelo Senhor à igreja, quando são salvos ( At 2:47b )

        b .  são salvos mediante a fé em Cristo, o Senhor. Por exemplo:

              At 2:37... “ouvindo estas cousas”... - cousas que Pedro falou sobre Cristo

              At 16:31... “crê no Senhor Jesus e seras salvo...

        c .  são salvos mediante arrependimento e batismo para remissão de pecados

              ( At 2:38-41 ) e recebem o dom do Espírito Santo ( At 2:38; Ef 1: 13-14 )

  A salvação do pecador é o processo segundo o qual Deus o acrescenta como membro ao corpo de Cristo, que é a igreja. Isto implica em aceitar a palavra do evangelho,    crer em Jesus, arrepender-se, ser batizado e permanecer em confiante obediência.  A operação de acrescentar cada membro ao corpo da igreja para salvação é um  processo divino e totalmente espiritual, que não pode ser substituído por qualquer  processo humano de acrescentar um indivíduo a uma denominação.