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MENSAGEM Nº 4

TEMA: AS DUAS ROCHAS DO DESERTO

 

TEXTO: I CORÍNTIOS 10:4

 

“e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que          

 os seguia. E a pedra era Cristo”.

 

Há nos Livros da Lei duas passagens que descrevem o confronto de Moisés com duas rochas no deserto. Uma está em Êxodo 17:6. Foi poucos dias depois da saída do Egito, quando o povo fazia as suas paradas e chegou em Refidim, e ali não havia água para beber. Eles estavam no deserto de Sim, e murmuravam contra Moisés, reclamando água para si mesmos, para seus filhos e para o rebanho.

Instruído por Deus, Moisés adiantou-se ao povo com alguns anciãos e foi até o Horebe (Monte Sinai), cerca de trinta a trinta e cinco quilômetros de distância e feriu a rocha com a mesma vara usada para abrir o Mar Vermelho. A água que saiu era uma torrente caudalosa, suficiente para não desaparecer na areia do deserto e para abastecer aquela população de mais de três milhões de pessoas, além do rebanho de bois e ovelhas. Um verdadeiro Tietê no meio do deserto (Salmo 105:41).

A outra rocha está em Números 20:8-11. O problema era o mesmo: falta de água. Mas a murmuração foi ainda maior, a ponto de Moisés perder a paciência diante do povo. Desta vez o Senhor ordenara a ele que, juntamente com Arão, reunisse o povo e, diante dele “falarás à rocha, que dará a sua água”. Moisés, porém, indignado contra o povo, ao invés de falar à rocha, levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com a vara. A água saiu, mas Moisés e Arão pecaram, porque agiram como se eles fossem os autores do milagre, ao invés de levarem o povo a crer que isso vinha de Deus, para O santificarem. Por isso eles perderam a benção de conduzir o povo até entrarem na terra prometida.

Em I Coríntios 10:4 Paulo afirma que a pedra, ou a rocha, era Cristo. Com este “símile” ele esclarece que Cristo era quem providenciava tudo o que era necessário para a sobrevivência de Israel no deserto.

A primeira rocha, chamada “a rocha humilhada” é identificada na língua hebraica pela palavra “TSUR”. Esta figura corresponde a Jesus, “àquele que a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”, “àquele que nós reputávamos por aflito e ferido de Deus e oprimido... mas ele foi traspassado pelas nossas iniquidades, foi contado com os transgressores, foi fustigado com vara de homens, mas pelos transgressores intercedeu”.

A segunda rocha, chamada “a rocha exaltada”, descrita como “SELÁ” na língua hebraica, corresponde àquele que, “...depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles” (Hebreus 1:3-4). É o mesmo que diz:   “Se alguém tem sede venha a mim e beba. Quem crer em mim, ...do seu interior fluirão rios de água viva” e “a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 7:37b-38; 4:13b).

Este é o Cristo, diante do qual todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Ele é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Ele é pedra de tropeço e rocha de escândalo. Mas aquele que nele crer não ficará decepcionado.